NOVO MARCO INSTITUCIONAL DA EDUCAÇÃO INFANTIL
A
implantação da política pública para a Educação Infantil está em curso. No
Brasil, educação infantil compreende o atendimento as crianças de 0 a 6 anos,
diferente de grande parte dos países onde a educação infantil se realiza entre
3 e 5 anos.
A Lei de Diretrizes e Bases
da Educação Nacional – LDB –, de 1996, define que a educação infantil deve ser
oferecida em creches, ou entidades equivalentes, para crianças de 0 a 3 anos de
idade, e em pré-escola, para as crianças de 4 a 6 anos de idade. Ainda que não
obrigatória, é um direito público, cabendo a expansão da oferta ao município,
com o apoio das esferas federal e estadual.
Até
recentemente as creches e pré-escola destinadas ao atendimento das crianças de
0 a 6 anos estavam vinculadas à assistência social e não faziam parte do
sistema educacional. Somente com a LDB é que esta integração, já prevista na
Constituição Federal, começou a ser implantada de forma mais sistemática - com
prazo de três anos para sua efetivação -, acarretando mudanças no conteúdo do
trabalho desenvolvido. Desta forma, os censos escolares - que constituem a principal fonte de dados
sobre a situação do ensino no Brasil - passaram a fazer, em 1998, o
cadastramento das creches do país.
Os sistemas de
ensino encontram-se em plena fase de transição, seja em relação à incorporação
do todo atendimento de crianças de 0 a 6 anos ao sistema educacional, como em
relação à definição da identidade desta etapa da educação básica.
As
informações do Censo, realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas
Educacionais (INEP/MEC), em parceria com as secretarias estaduais de educação,
subsidiam uma série de políticas educacionais dos governos Federal, estaduais e
municipais que vão da distribuição de recursos à implementação de projetos. O
levantamento orienta os principais programas mantidos pelo MEC, como o Fundo de
Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do
Magistério (Fundef), a Merenda Escolar, o Livro Didático e o Dinheiro Direto na
Escola. As informações incluem dados sobre matrícula e docentes dos diversos
níveis e modalidades de ensino, além da infra-estrutura das escolas.
Em 2000, o Ministério da Educação realizou o primeiro Censo
da Educação Infantil, com vistas a ampliar o cadastro de instituições que
oferecem esse nível de ensino e a obter informações mais
detalhadas sobre o tipo de atendimento realizado. Os resultados preliminares
desse censo especial, divulgados em setembro de 2001, permitem um diagnóstico
mais preciso da Educação Infantil no Brasil e constitui-se um instrumento
eficaz para que a sociedade possa acompanhar os resultados das políticas educacionais,
com um claro reflexo no planejamento e
na implementação de políticas públicas.
Para auxiliar a implementação da nova institucionalidade da
educação infantil, o Ministério da Educação criou Parâmetros Curriculares da
Educação Infantil e o Referencial para a
Formação dos Professores de Educação Infantil, além das diretrizes para o
credenciamento das instituições ao sistema de ensino nacional. Os referenciais
foram concebidos de maneira a servir como um guia de reflexão de cunho
educacional sobre objetivos, conteúdos e orientações didáticas para os
profissionais que atuam diretamente com crianças de 0 a 6 anos, respeitando
seus estilos pedagógicos e a diversidade cultural brasileira. Esses
referenciais resultaram de um amplo debate nacional, do qual participaram
professores e diversos profissionais que atuam diretamente com crianças.
Em todas as regiões do país verifica-se grande aceitação do
Referencial. O Censo da Educação Infantil comprovou que 77% de creches e
pré-escolas utilizaram o Referencial em pelo menos uma atividade escolar. O
nível de utilização é maior entre os estabelecimentos que atendem maior número
de alunos. Chega a 86% nos estabelecimentos com mais de 100 alunos. Mesmo no
Norte e Nordeste, onde a proporção é relativamente menor, a utilização ocorre
em 70% dos estabelecimentos (Tabela 1).
Tabela 1
Estabelecimentos da Educação Infantil que utilizaram o Referencial Curricular Nacional (RCN-I), segundo o Número de Alunos Brasil e Regiões – 2000 |
||||
Unidade da Federação
|
Total
|
Desenvolveram Atividades com o RCN-I
|
||
Quant.
|
%
|
|||
Brasil
|
92.526
|
71.460
|
77,2
|
|
Até 10 Alunos
|
14.951
|
10.274
|
68,7
|
|
De 11 a 30 Alunos
|
25.272
|
18.690
|
74,0
|
|
De 31 a 50 Alunos
|
15.184
|
11.759
|
77,4
|
|
De 51 a 100 Alunos
|
20.153
|
16.181
|
80,3
|
|
Mais de 100 Alunos
|
16.966
|
14.556
|
85,8
|
|
Norte
|
6.530
|
4.511
|
69,1
|
|
Nordeste
|
41.270
|
30.185
|
73,1
|
|
Sudeste
|
25.313
|
20.968
|
82,8
|
|
Sul
|
14.430
|
12.127
|
84,0
|
|
Centro-Oeste
|
4.983
|
3.669
|
73,6
|
|
Fonte:MEC/INEP/SEEC, Censo da Educação Infantil 2000
|
||||
Obs: Resultados Preliminares
|
Na programação da TV Escola, são disponibilizados centenas
de programas voltados ao público infantil para auxiliar o trabalho dos
professores. São programas nas áreas de
artes, ciências, matemática, meio ambiente, literatura, saúde, ética e
pluralidade cultural.
Financiamento da Educação Infantil
A
definição das responsabilidades dos municípios pela educação infantil na LDB e
a vinculação de recursos por meio do Fundo de Desenvolvimento da Educação
Fundamental – FUNDEF completam as mudanças institucionais efetivadas nos
últimos seis anos. A LDB define com clareza a responsabilidade de cada ente
federativo por cada nível de ensino, e o FUNDEF, ao definir a aplicação de 15%
dos recursos ao ensino Fundamental, estabelece o percentual de financiamento
aos outros níveis de ensino.
A
destinação de 15% para o ensino fundamental causou inicialmente preocupação
porque isso poderia vir a prejudicar o ensino infantil. Na verdade, a
combinação dessas duas leis organiza o sistema de ensino nacional e o financiamento
adequado a cada nível de ensino. No caso da educação infantil, a vinculação de
recursos é da ordem de 10% dos orçamentos municipais, uma vez que, do total dos
25% de recursos destinados à educação definidos pela Constituição, 15% são
destinados ao fundo de ensino fundamental. Os municípios não podem gastar com
nenhum outro nível de ensino a não ser educação fundamental e infantil. Além
disso, na medida que cresce o número de matrículas no ensino fundamental, os
recursos adicionais vêm do fundo estadual, sem prejudicar os recursos da
educação infantil.
Estudo
produzido pela Secretaria de Ensino Fundamental, no ano de 2000, a partir de
uma amostra de 307 municípios, sendo que grande parte com mais de 100 mil
habitantes, demonstra que a educação infantil detinha recursos significativos
para sua expansão.
Em
Palmas, no Tocantins, por exemplo, dos 18 milhões destinados a educação,
descontando o total de recursos do FUNDEF, há cerca de 8 milhões para as
creches e pré-escola.
Em
Ananindeua, na Grande Belém, a disponibilidade de recursos à educação infantil
é da ordem de R$ 4,4 milhões, ou 37% dos recursos disponíveis para a educação.
Em São Paulo, onde a rede de ensino fundamental ainda é majoritariamente
estadual, um município como Jaú, dispõe de R$ 3,3 milhões ao ensino infantil
contra R$ 5 milhões destinados ao ensino fundamental, que abrange um número
muito maior de alunos. Guarulhos dispõe de mais recursos ao ensino infantil que
a educação fundamental.
Mesmo municípios menores apresentaram boa distribuição
de recursos para a educação infantil. O município de Propriá, em Sergipe, com
R$ 1,6 milhão de recursos para a educação, reverteu cerca de 27% dos mesmos
para o ensino infantil. O município de Pedro II, no Piauí, com R$ 2,4 milhões
de recursos vinculados à educação, reservou 16% para a área infantil.
Ressalte-se que o conjunto da amostra – a maioria com
mais de 100 mil habitantes -- revelou um total de R$ 17,8 bilhões de recursos
vinculados à área da Educação. Deste total, cerca de R$ 6,1 bilhões referiam-se
à Educação Infantil – uma proporção de 34%.
Antes da LDB a Constituição Federal havia definido a
educação infantil como de responsabilidade dos municípios, assim como a
obrigatoriedade de aplicar 25% dos orçamentos em educação. Entretanto, não houve
definições claras entre dependência administrativa e o financiamento dos níveis
de ensino entre União, Estados e municípios, gerando o que ficou conhecido como
competências concorrentes.
EXPANSÃO DA EDUCAÇÃO INFANTIL
A educação infatil observou um expressivo
crescimento de 1994 até hoje, pois,
apesar da queda do crescimento demográfico, está havendo expansão do
número de matrículas. A engenhosa combinação da LDB e
do FUNDEF garantiu a maior expansão da história no ensino infantil no período
recente.
Segundo os dados levantados
pelo Censo Escolar do ano 2001, divulgados recentemente, mais de 1 milhão de
crianças estão sendo atendidas em creches, enquanto outras 4,8 milhões,
predominantemente na faixa dos 4 aos 6 anos, encontram-se matriculadas na Pré-Escola.
Na tabela 2, observa-se que a pré-escola atingia anualmente algo
em torno de 4,1 milhões de alunos matriculados e, após o primeiro impacto da
implantação do FUNDEF em 1998, cresceu de forma acelerada. Em 2001, a
educação infantil apresentou o maior crescimento na matrícula entre os níveis
de ensino, incluindo no sistema escolar mais 560 mil crianças.
Tabela 2
Matrícula
Inicial na Educação Infantil
Brasil – 1994-2001 |
|||
Ano
|
Matrícula
Inicial
|
||
Creche
|
Pré-Escola
|
||
Brasil
|
|||
1994(1)
|
...
|
4.002.672
|
|
1995
|
...
|
4.093.625
|
|
1996
|
...
|
4.270.376
|
|
1997
|
...
|
4.292.208
|
|
1998
|
381.804
|
4.111.120
|
|
1999
|
831.978
|
4.235.278
|
|
2000
|
916.864
|
4.421.332
|
|
2001(2)
|
1.092.681
|
4.815.431
|
|
Cresc. 98/2001
|
186%
|
||
Cresc. 94/2001
|
20,3%
|
||
Fonte: MEC/INEP/SEEC
|
|||
Notas: (1) Dados Estimados
|
|||
(2) Dados
Preliminares
|
Com o esforço de
cadastramento das escolas que atendem à infância de 0 a 3 anos, os anos de 1998
e 1999 foram de regularização do número de matrículas em creche. Por isso o ano
de 1999 apresentou taxa de crescimento de 118%. Nos anos seguintes os registros
de matrículas se regularizaram, com um aumento médio anual de 14,6% - mais
compatível com a evolução real de crianças matriculadas. Exclusivamente na
faixa de idade entre 0 a 3 anos, o crescimento em 2001 foi de 21%.
No que se refere à
Pré-Escola, os anos de 1997 a 1999 parecem desfavoráveis do ponto de vista da
evolução das matrículas. No entanto, esses resultados devem ser analisados à
luz das mudanças que ocorreram no ensino fundamental e, mais especificamente, à
luz da correção do fluxo escolar que vem sendo estimulada pela aplicação do
FUNDEF e das discussões propostas pelos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN)
– uma reforma curricular extensiva nos vários níveis de educação.
Os recursos do FUNDEF têm
estimulado Estados e municípios a matricularem seus alunos com mais de 6 anos
no ensino fundamental, contribuindo para a eliminação de um processo de
retenção de crianças acima da idade esperada para a Educação Infantil.
Assim, o decréscimo do
número de matrículas entre 1997 e 1998 foi resultado do crescimento do ensino
fundamental, adequando a inclusão das crianças com idade adequada às séries a
que têm direito. Já o aumento do total de matrículas no período seguinte
(1999-2000) revela o aumento real de atendimento na Educação Infantil, pelo
poder público municipal principalmente.
No ano de 2001, o ensino
pré-escolar obteve um aumento de 8,9% em número de matrículas. A partir de
1998, com a retomada do crescimento, a taxa média anual de expansão da
pré-escola foi de 3,7%, totalizando em 2000 uma elevação de 7,5%. Portanto, só
em 2001, o crescimento registrado já foi maior que nos dois anos anteriores
(Tabela 3).
Tabela 3
Crescimento da matrícula inicial na Pré-Escola
Brasil e Regiões - 1987-2001
Anos |
Taxas de Crescimento
|
|||||
Brasil
|
Norte
|
Nordeste
|
Sudeste
|
Sul
|
Centro-Oeste
|
|
1987-1997
|
30,2%
|
82,8%
|
31,4%
|
28,6%
|
19,1%
|
12,1%
|
1997-1998
|
-
4,2%
|
-
8,1%
|
-
8,8%
|
-
1,1%
|
0,0%
|
-
5,3%
|
1998-2000
|
7,5%
|
3,0%
|
2,9%
|
8,8%
|
15,0%
|
13,6%
|
2000-2001
|
8,9%
|
17,2%
|
11,4%
|
7,3%
|
3,6%
|
11,9%
|
Fonte: MEC/INEP/SEEC.
Matrículas
em 1987: Total = 3.296.010; Norte = 177.996; Nordeste = 1.070.943; Sudeste =
1.431.219; Sul = 414.055; Centro-Oeste = 201.797.
A expansão da pré-escola
foi maior no Norte e Nordeste. Na região Norte, a matrícula cresceu 17,2%,
enquanto na região Nordeste, o crescimento foi de 11,4%. Foi nestas regiões que
a Pré-Escola registrou os maiores deslocamentos de matrículas, entre os anos
1997 e 1999, no contexto de adequação do ensino fundamental. Houve, assim, uma
recuperação no ano 2001. Nas regiões Sul e Sudeste, assim como no Centro-Oeste,
a recuperação iniciou antes, já a partir de 1999. Assim, as taxas recentes são
menores, como se pode verificar na tabela 3.
Em todas as regiões do país
houve, portanto, a retomada do crescimento das matrículas na Pré-Escola, após
um intervalo de dois anos, em que o sistema esteve se ajustando às novas
orientações a respeito do fluxo escolar.
Dos 394 mil alunos que
ingressaram na pré-escola em 2001, 280 mil foram matriculados na rede pública
municipal, que cresceu 9,4% e atende 68% dos alunos. Nas escolas estaduais,
houve uma redução de 5,8% do número de alunos, tendo em vista a menor
participação desta esfera de governo, neste nível de ensino. Nas particulares,
que detêm 25,4% do total de matrículas, foi registrado aumento de 12,2%, entre
2000 e 2001.
Tabela
4
Educação
Infantil - Matrícula em creches e pré-escola
Distribuição
por faixa etária
Brasil
– 2001
Brasil e Regiões
|
Total
|
Matrícula por Faixa Etária |
||
3 anos ou menos
|
4 a 6 anos
|
7 anos ou mais
|
||
Creche
|
1.092.681
|
664.437
60,8% |
413.863
37,9% |
14.381
1,3% |
Pré-Escola
|
4.815.431
|
187.778
3,9% |
4.188.283
87,0% |
439.370
9,1% |
Total
|
5.908.112
|
852.215
14,4% |
4.602.146
77,9% |
453.751
7,7% |
Fonte:
MEC/INEP/SEEC
Nota: A idade foi obtida a partir do ano de nascimento informado
no Censo Escolar, isto é,
foi
considerada a idade que o aluno completou em 2001.
A implantação da política
pública para a Educação Infantil ainda está em fase de transição em relação à
incorporação da creche ao sistema educacional e em relação à definição da
identidade desta etapa da educação básica. Por esta razão, ainda se observa nas
creches uma parcela expressiva de crianças com idade compatível para estar
freqüentando a pré-escola. Esta situação é comum a todas as regiões do país,
com maior freqüência nas regiões Norte e Nordeste, onde maior proporção de
crianças entre 4 e 6 anos está sendo atendida em creches (Tabelas 4 e 5).
Tabela 5
Educação Infantil – Crescimento das
matrículas em creches e pré-escola,
por faixa etária
por faixa etária
Brasil – 2001
A- Brasil e Regiões |
Taxas de crescimento das matriculas 2000-2001
|
|||
Total
|
3 anos ou menos
|
4 a 6 anos
|
7 anos ou mais
|
|
Creche
|
19,2%
|
21.0%
|
16.9%
|
4.6%
|
Pré-Escola
|
8.9%
|
-0.6%
|
9.1%
|
11.3%
|
Total
|
10.7%
|
15.4%
|
9.8%
|
11.1%
|
Fonte:
MEC/INEP/SEEC
Vale ressaltar, também, a
existência, ainda que residual, das classes de alfabetização, voltadas para
alunos com mais de 7 anos. A dificuldade de oferecer ensino regular de
pré-escola para todas as crianças levou muitos Estados e municípios a criarem
classes de alfabetização, que deveriam anteceder e facilitar o ingresso no
ensino fundamental obrigatório. Em 2000, as classes de alfabetização
contabilizavam 674 mil alunos, dos quais 76% na faixa de 6 a 7 anos de idade. Em
1994, eram 1,6 milhão de alunos, demonstrando a eficácia das políticas de
regularização do fluxo escolar.
Essa ampliação do
atendimento da população menor de 7 anos responde a um crescimento da demanda
que, por sua vez, decorre de uma crescente difusão entre as camadas mais
desfavorecidas da população da valorização da educação de qualidade nos
primeiros anos de vida da criança.
É preciso destacar, ainda,
que a LDB permite aos sistemas de ensino atender crianças menores de 7 anos no
ensino fundamental. Dessa forma, há um considerável contingente populacional na
idade de 6 anos que não se encontra matriculado na educação infantil, mas no
ensino fundamental. De fato, quando se analisa a taxa de atendimento da
população de 4 a 6 anos, independentemente do nível de escolaridade em que as
crianças se encontram matriculadas, constata-se um crescimento expressivo
durante a década de 1990 (Tabela 6). A taxa de atendimento dessas crianças
alcançou os 50%, no país, em 1999, e está próxima dos 60%, no ano de 2001. A taxa
efetiva será conhecida após a divulgação, pelo IBGE, dos números por faixa
etária da contagem da população.
Tabela 6
População, Matrícula e Taxa
de Atendimento na Faixa Etária de 4 a 6 anos
Brasil e Regiões - 1991 e
1999
1991
|
1999
|
||||||
População
|
Matrícula
|
Taxa de Atendimento
|
População
|
Matrícula
|
Taxa de Atendimento
|
||
4 a 6 anos
|
4 a 6 anos
|
(%)
|
4 a 6 anos
|
4 a 6 anos
|
(%)
|
||
Brasil
|
10.254.716
|
4.227.580
|
41,2
|
9.773.577
|
5.000.278
|
51,2
|
|
Norte
|
880.719
|
264.566
|
30,0
|
944.200
|
411.095
|
43,5
|
|
Nordeste
|
3.457.462
|
1.453.838
|
42,0
|
3.053.452
|
1.704.838
|
55,8
|
|
Sudeste
|
3.863.840
|
1.706.456
|
44,2
|
3.734.935
|
1.894.790
|
50,7
|
|
Sul
|
1.393.160
|
551.911
|
39,6
|
1.354.389
|
677.406
|
50,0
|
|
Centro-Oeste
|
659.535
|
250.809
|
38,0
|
686.601
|
312.149
|
45,5
|
|
Fonte: IBGE, 1991 (Censo Demográfico)
|
|||||||
IBGE,
1999 (Projeção por faixa etária)
|
Nota: 1) Matrícula 1991: (4-6 anos no Pré) + (menor e igual a 6 anos nas Classes
de Alfabetização) + (menos de 7 anos
no Fundamental). Não há Educação Especial.
no Fundamental). Não há Educação Especial.
2) Matricula
1999: (4-6 anos no Pré) + (4-6 anos na Creche) + (4-6 anos nas Classes de
Alfabetização) + (menos
de 7 anos no Fundamental) + (4-6 anos na Ed. Especial).
de 7 anos no Fundamental) + (4-6 anos na Ed. Especial).
Qualificação Docente
As funções docentes
cresceram 25,5% nas Creches e 8,8% na Pré-Escola, de 2000 a 2001. O crescimento
foi bem maior entre os professores com nível superior. Estes representam cerca
de 13% das funções docentes das creches e cerca de 25% nas pré-escolas. Nas
creches houve aumento de 40% de professores com nível superior, enquanto nas
pré-escolas o aumento foi de 16%.
No Sudeste, a proporção de
docentes com nível superior em creches públicas chega a 17%, enquanto no
Nordeste não passa dos 5%. As creches privadas no Nordeste elevam este
percentual para pouco mais de 8% (Tabela 7). Na pré-escola, a situação é bem
melhor. No Sudeste, 40% dos professores possuem nível superior, nas pré-escolas
públicas. No Sul, a proporção é de 32%. O Norte e o Nordeste mantêm baixa
proporção de docentes com nível superior, que só é atenuada nos
estabelecimentos privados. No Nordeste, as pré-escolas particulares atingem a
proporção de 11% de professores com formação superior (Tabela 8).
Tabela 7
Número de Funções Docentes com e sem Curso Específico em Creche, por Dependência Administrativa e Grau de Formação Brasil e Regiões – 2001 |
||||||
Unidade
da Federação
|
Creche
|
|||||
Pública
|
Privada
|
|||||
Total
|
Superior
(%) |
Médio
(%) |
Total
|
Superior
(%) |
Médio
(%) |
|
Brasil
|
36.016
|
11,3
|
69,5
|
26.996
|
14,6
|
68,9
|
Norte
|
2.377
|
1,6
|
80,3
|
576
|
4,3
|
83,7
|
Nordeste
|
10.738
|
4,5
|
71,3
|
4.305
|
8,3
|
71,4
|
Sudeste
|
11.347
|
16,7
|
69,7
|
15.080
|
16,8
|
69,1
|
Sul
|
9.777
|
13,4
|
65,2
|
5.557
|
14,0
|
63,3
|
Centro-Oeste
|
1.777
|
19,1
|
67,2
|
1.478
|
16,8
|
75,4
|
Fonte:MEC/INEP/SEEC,
Censo Escolar 2001 (resultados preliminares).
|
Tabela 8
Número de Funções Docentes com e sem Curso Específico em Pré-Escola, por Dependência Administrativa e Grau de Formação Brasil e Regiões – 2001 |
||||||
Unidade da Federação
|
Pré-Escola
|
|||||
Pública
|
Privada
|
|||||
Total
|
Superior
(%) |
Médio
(%) |
Total
|
Superior
(%) |
Médio
(%) |
|
Brasil
|
165.011
|
24,5
|
67,2
|
83.459
|
25,0
|
70,1
|
Norte
|
13.242
|
2,9
|
82,7
|
3.524
|
8,3
|
85,6
|
Nordeste
|
54.410
|
5,9
|
75,9
|
23.960
|
10,7
|
81,1
|
Sudeste
|
66.962
|
40,5
|
58,8
|
38.858
|
31,8
|
65,4
|
Sul
|
22.564
|
32,1
|
64,3
|
11.028
|
36,9
|
58,4
|
Centro-Oeste
|
7.833
|
32,8
|
61,2
|
6.089
|
26,7
|
69,3
|
Fonte:MEC/INEP/SEEC,
Censo Escolar 2001 (resultados preliminares).
|
Censo da Educação Infantil
No ano 2000, o Ministério da Educação realizou o Censo da
Educação Infantil, com vistas a ampliar o cadastro das instituições que
oferecem esse nível de ensino e a obter informações mais detalhadas sobre o
tipo de atendimento realizado. Os resultados desse censo especial começam a ser
disponibilizados, em caráter preliminar. Revelam que praticamente todos os
municípios, de todas as regiões do país, têm pelo menos uma creche ou
pré-escola para o atendimento da população infantil (Tabela 9).
Tabela 9
Número de Municípios que possuem Estabelecimentos com Oferta de Educação Infantil - Creche e/ou Pré-Escola Brasil e Regiões |
|||||||
Unidade da Federação
|
Total de Municípios
|
Municípios com Oferta de Educação
Infantil (1)
|
|||||
Creche
|
Pré-Escola
|
Total
|
|||||
Total
|
%
|
Total
|
%
|
Total
|
%
|
||
Brasil
|
5,507
|
3,964
|
72.0
|
5,402
|
98.1
|
5,425
|
98.5
|
Norte
|
449
|
251
|
55.9
|
433
|
96.4
|
438
|
97.6
|
Nordeste
|
1,787
|
1,211
|
67.8
|
1,749
|
97.9
|
1,759
|
98.4
|
Sudeste
|
1,666
|
1,298
|
77.9
|
1,638
|
98.3
|
1,642
|
98.6
|
Sul
|
1,159
|
901
|
77.7
|
1,146
|
98.9
|
1,148
|
99.1
|
Centro-Oeste
|
446
|
303
|
67.9
|
436
|
97.8
|
438
|
98.2
|
Fonte:MEC/INEP/SEEC,
Censo da Educação Infantil 2000 (resultados preliminares)
Nota:
(1) O mesmo município pode oferecer estabelecimentos de creche e pré-escola.
|
A maioria dos
estabelecimentos de educação infantil são municipais, conforme o preceito de
que este nível de ensino deve ser de responsabilidade da esfera de governo
local. O Censo Infantil indicou uma proporção de 67% de estabelecimentos
administrados pelas prefeituras municipais. Entre as creches, este percentual é
menor (55%), tendo em vista uma oferta maior de creches pelo setor privado,
dividido entre o lucrativo e o filantrópico, além das iniciativas comunitárias.
Ainda assim, as creches públicas são maioria e apresentam porte médio. Nas
regiões Norte e Nordeste, a esfera pública precisou ser mais atuante, tendo em
vista oferecer à população maior número de estabelecimentos de pequeno porte. A
região Nordeste, por exemplo, mostrou uma proporção de 72% de creches
municipais, de 11 a 50 crianças por unidade. No Sul e Sudeste, a maioria das
creches municipais são de maior porte, acima de 50 crianças por unidade, mas a
proporção das creches públicas cai para 44% (Tabela 10).
Tabela
10
Estabelecimentos de Creche e Pré-Escola, por Dependência Administrativa, segundo o Número de Alunos Brasil\ e Regiões -- 2000 |
||||||||
Brasil e Regiões
|
Estabelecimentos
por Dependência Administrativa
|
|||||||
Creche
|
Pré-Escola
|
|||||||
Total
|
Público
|
Municipal
|
Privado
|
Total
|
Público
|
Municipal
|
Privado
|
|
(%)
|
(%)
|
(%)
|
(%)
|
(%)
|
(%)
|
|||
Brasil
|
24.014
|
57,1
|
55,0
|
42,9
|
85.786
|
73,3
|
67,2
|
26,7
|
Até 10 Alunos
|
3.388
|
34,7
|
34,1
|
65,3
|
15.993
|
90,8
|
88,8
|
9,2
|
De 11 a 30 Alunos
|
7.228
|
52,5
|
50,9
|
47,5
|
26.588
|
76,1
|
69,7
|
23,9
|
De 31 a 50 Alunos
|
4.847
|
64,7
|
61,8
|
35,3
|
14.634
|
60,3
|
51,3
|
39,7
|
De 51 a 100 Alunos
|
5.853
|
67,4
|
65,0
|
32,6
|
16.461
|
61,5
|
54,5
|
38,5
|
Mais de 100 Alunos
|
2.698
|
61,4
|
58,5
|
38,6
|
12.110
|
76,0
|
69,5
|
24,0
|
Norte
|
955
|
72,9
|
68,1
|
27,1
|
6.234
|
84,9
|
72,1
|
15,1
|
Nordeste
|
7.131
|
74,8
|
72,0
|
25,2
|
39.141
|
80,9
|
77,4
|
19,1
|
Sudeste
|
9.410
|
43,8
|
42,7
|
56,2
|
22.502
|
58,2
|
56,0
|
41,8
|
Sul
|
5.055
|
55,3
|
54,6
|
44,7
|
13.146
|
74,6
|
58,8
|
25,4
|
Centro-Oeste
|
1.463
|
51,9
|
44,2
|
48,1
|
4.763
|
64,2
|
52,4
|
35,8
|
Fonte:MEC/INEP/SEEC, Censo da Educação Especial 2000
(resultados preliminares).
|
||||||||
Nota: o mesmo estabelecimento pode oferecer mais de um
nível de ensino.
|
As creches do setor privado
concentram-se nos estabelecimentos de menor porte, até 30 crianças por unidade.
Representam 56% do total de particulares. Estão mais presentes na região
Sudeste e caracterizam-se pela atividade lucrativa. As creches filantrópicas e
comunitárias, sem fins lucrativos, ao todo representam cerca de 60% do total,
mas grande parte dirige-se para o atendimento de mais de 50 crianças em cada
unidade. Estão mais presentes no Sudeste e no Nordeste.
No nível pré-escolar, a
participação municipal é ainda maior, sobretudo nos menores estabelecimentos,
com predominância nas regiões Norte e Nordeste. No país, 67% dos
estabelecimentos são municipais, mas a participação sobe para 77% no Nordeste,
onde se localizam a maior parte das pré-escolas com até 30 alunos. Na região
Sudeste, as pré-escolas públicas são de maior porte – acima de 50 alunos por
unidade -- e participam com 56% dos estabelecimentos.
O setor privado
concentra-se nos estabelecimentos de porte médio, com atividade lucrativa.
Representam 83% das pré-escolas particulares lucrativas. As pré-escolas
filantrópicas e comunitárias, sem fins lucrativos, ao todo representam apenas
34% do total e estão, na maior parte, no Nordeste e Sudeste do país, com
estabelecimentos acima de 50 crianças por unidade. Além disso, há outras formas
de prestação de serviços de atendimento a crianças de 0 a 3 anos no país,
vinculadas à nossa tradição, especialmente as mães crecheiras.
Trabalho Voluntário
O Censo da Educação Infantil pesquisou, também, o nível do
voluntariado nos estabelecimentos de creche e pré-escola e os dados
demonstraram uma grande participação da população. Considerando que os
estabelecimentos privados não lucrativos tendem a concentrar maior número de
participantes em atividade voluntária, verificamos que mais de 10 mil escolas
infantis são filantrópicas ou comunitárias, sendo que 7 mil estabelecimentos
possuem trabalhadores voluntários em cargos de direção ou vice-direção. O
número de estabelecimentos que contam com voluntários no apoio operacional é um
pouco menor – cerca de 4 mil (Tabela 11).
Tabela 11
Estabelecimentos de Educação Infantil com Voluntários, por Função Exercida, segundo o Número de Alunos |
|||||
Brasil e Regiões
-- 2000
|
|||||
Brasil e Regiões
|
Total de Escolas
Infantis
|
Estabelecimentos
com Voluntários
por Função Exercida (1) |
|||
Direção
(diretor ou vice-diretor) |
Apoio
Operacional
|
||||
Quant.
|
%
|
Quant.
|
%
|
||
Brasil
|
92,526
|
7,025
|
7.6
|
4,009
|
4.3
|
Até 10 Alunos
|
14,951
|
346
|
2.3
|
209
|
1.4
|
De 11 a 30 Alunos
|
25,272
|
1,458
|
5.8
|
796
|
3.1
|
De 31 a 50 Alunos
|
15,184
|
1,436
|
9.5
|
665
|
4.4
|
De 51 a 100 Alunos
|
20,153
|
2,123
|
10.5
|
1,153
|
5.7
|
Mais de 100 Alunos
|
16,966
|
1,662
|
9.8
|
1,186
|
7.0
|
Norte
|
6,530
|
436
|
6.7
|
350
|
5.4
|
Nordeste
|
41,270
|
2,838
|
6.9
|
1,221
|
3.0
|
Sudeste
|
25,313
|
2,191
|
8.7
|
1,408
|
5.6
|
Sul
|
14,430
|
1,111
|
7.7
|
805
|
5.6
|
C-Oeste
|
4,983
|
449
|
9.0
|
225
|
4.5
|
Fonte:MEC/INEP/SEEC, Censo da Educação Infantil 2000
(resultados preliminares)
(1) O mesmo estabelecimento pode contar com mais de uma categoria. |
Considerando que existem mais de 6 mil creches filantrópicas
ou comunitárias no país, verifica-se que cerca de 1,7 mil estabelecimentos
integram voluntários trabalhando na área pedagógica, seja na coordenação, na
orientação e/ou no ensino (Tabela 12).
Tabela 12
Creches com Voluntários da Área Pedagógica, por Função Exercida, segundo o Número de Alunos |
||||||||
Brasil e Regiões – 2000
|
||||||||
Brasil e Regiões
|
Total de
Creches (1) |
Coordenação ou
Orientação Pedagógica
|
Professores
|
Educadores
|
||||
Quant.
|
%
|
Quant.
|
%
|
Quant.
|
%
|
|||
Brasil
|
24.014
|
1.782
|
7,4
|
1.746
|
7,3
|
1.457
|
6,1
|
|
Até 10 Alunos
|
3.388
|
160
|
4,7
|
211
|
6,2
|
125
|
3,7
|
|
De 11 a 30 Alunos
|
7.228
|
505
|
7,0
|
563
|
7,8
|
396
|
5,5
|
|
De 31 a 50 Alunos
|
4.847
|
357
|
7,4
|
371
|
7,7
|
305
|
6,3
|
|
De 51 a 100 Alunos
|
5.853
|
517
|
8,8
|
385
|
6,6
|
409
|
7,0
|
|
Mais de 100 Alunos
|
2.698
|
243
|
9,0
|
216
|
8,0
|
222
|
8,2
|
|
Norte
|
955
|
71
|
7,4
|
98
|
10,3
|
60
|
6,3
|
|
Nordeste
|
7.131
|
556
|
7,8
|
690
|
9,7
|
293
|
4,1
|
|
Sudeste
|
9.410
|
780
|
8,3
|
601
|
6,4
|
727
|
7,7
|
|
Sul
|
5.055
|
269
|
5,3
|
276
|
5,5
|
286
|
5,7
|
|
Centro-Oeste
|
1.463
|
106
|
7,2
|
81
|
5,5
|
91
|
6,2
|
|
Fonte:MEC/INEP/SEEC, Censo da Educação Infantil 2000
(resultados preliminares)
Nota: (1) O mesmo estabelecimento pode contar com mais de uma categoria de voluntários. |
Entre as pré-escolas, é maior o número de estabelecimentos
que apresentam voluntários trabalhando na área pedagógica. Considerando que
existem 8 mil pré-escolas filantrópicas ou comunitárias no país, observa-se que
cerca de 3,5 mil pré-escolas apresentaram voluntários na Coordenação ou
Orientação Pedagógica. Nas atividades de ensino, 5,7 mil pré-escolas abrigam
voluntários professores (Tabela 13).
Tabela 13
Pré-Escolas com Voluntários da Área Pedagógica, por Função Exercida,
segundo o Número de Alunos |
||||||||
Brasil e Regiões – 2000
|
||||||||
Brasil e Regiões
|
Total
|
Coordenação ou
Orientação Pedagógica
|
Professores
|
Educadores
|
||||
Quant.
|
%
|
Quant.
|
%
|
Quant.
|
%
|
|||
Brasil
|
85.786
|
3.492
|
4,1
|
5.689
|
6,6
|
1.997
|
2,3
|
|
Até 10 Alunos
|
15.993
|
331
|
2,1
|
643
|
4,0
|
135
|
0,8
|
|
De 11 a 30 Alunos
|
26.588
|
987
|
3,7
|
1.801
|
6,8
|
558
|
2,1
|
|
De 31 a 50 Alunos
|
14.634
|
781
|
5,3
|
1.171
|
8,0
|
448
|
3,1
|
|
De 51 a 100 Alunos
|
16.461
|
905
|
5,5
|
1.318
|
8,0
|
526
|
3,2
|
|
Mais de 100 Alunos
|
12.110
|
488
|
4,0
|
756
|
6,2
|
330
|
2,7
|
|
Norte
|
6.234
|
235
|
3,8
|
524
|
8,4
|
170
|
2,7
|
|
Nordeste
|
39.141
|
1.488
|
3,8
|
2.692
|
6,9
|
690
|
1,8
|
|
Sudeste
|
22.502
|
975
|
4,3
|
1.251
|
5,6
|
642
|
2,9
|
|
Sul
|
13.146
|
538
|
4,1
|
906
|
6,9
|
356
|
2,7
|
|
Centro-Oeste
|
4.763
|
256
|
5,4
|
316
|
6,6
|
139
|
2,9
|
|
Fonte:MEC/INEP/SEEC, Censo da Educação Infantil 2000
(resultados preliminares)
(1) O mesmo estabelecimento pode contar com mais de uma categoria. |
CONCLUSÃO
Com os avanços observados, cresce significativamente um
nível de ensino que há poucos anos apresentava enormes carências, mas que hoje
acolhe 5,9 milhões de crianças devido às políticas implantadas pelo governo do
presidente Fernando Henrique Cardoso.
A expansão da educação é um fenômeno comum a todas as
sociedades em processo de modernização acelerada, como é o caso hoje, do
Brasil. O atendimento na educação infantil observa ainda as necessidades dos
pais, ante as novas exigências do mercado de trabalho. Esse atendimento, que até a década de 80 era
tido como exceção e privilégio, hoje, vai se disseminando de forma positiva,
abrindo-se para todas as crianças de 0 a 6 anos. Trata-se antes de tudo do
reconhecimento de um direito democrático.
Hoje são 54,5 milhões de estudantes nos país, não computados
o ensino supletivo e o superior. Deste, 87,6% estão matriculados na rede
pública de ensino. Com isso – e em especial pela explosão da procura pelo
ensino médio – , estamos expandindo o índice de escolaridade da população e
avançando de forma decidida em direção à universalização do ensino brasileiro
em todos os níveis.